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4 de abr. de 2013

Dica aos Professores - Aya e a África

    Hoje tive uma reunião com colegas professores de Língua Portuguesa da rede municipal de Santa Vitória do Palmar, e sob a orientação de nossas supervisoras, minhas amigas Síglia e Rosimeri, foi falado do trabalho a ser desenvolvido durante o ano letivo, prerrogativa da Lei nº 10.639/2003, que fala do ensino de cultura Afro nas escolas.



    Por isso lembrei de uma edição lida no ano passado, que as escolas possuem em seu acervo: Aya de  Yopougon, de Marguerite Abouet. A história é biográfica e traz a vida de adolescentes na Costa do Marfim nos anos 70.
    Mas não espere ver aqui a imagem da África que estamos acostumados, fome, miséria e abandono. Temos histórias de uma vida simples, mas não diferente de qualquer cidade do mundo, com crianças e adultos em relações famiilares, de amizade, namoro, ganância, dramas da juventude, igualzinha à história que cada um de nós passa, passou ou passará: "Mas, graças ao traço solto e colorido de Clément Oubrerie, sempre com cores vibrantes, tudo pende mais para o cômico do que para a tragédia. Aya conseguiu o Prêmio de Melhor álbum de estreia no Festival Internacional de HQ de Angoulême em 2006" (http://napauta-to.blogspot.com.br/2011/06/quadrinhos-aya-de-yopougon-de.html).



     Uma dica para o colegas professores e qualquer um que se interesse por uma história humana e de qualidade. O material da edição é de primeira também.
        Curiosidade: durante a leitura conhecemos um pouco da manipulação da mídia. Sendo a cerveja da Costa do marfim o orgulho nacional e numa época em que a informação vinha toda da televisão, a personagem conta como era o comercial de cerveja, vendida como um elixir fortificante que faz bem à saúde.Vale a pena ler, é interessante!

    Outra edição que mostra a àfrica, mas numa visão diferente (foi feita da Europa) é a Graphic Novel Wallaye!, lançada nos anos 90 no Brasil e difícil de conseguir. Aqui os personagens são trambiqueiros e ladrões num ambiente de pobreza e vida regada a exageros e abandono. Fiquei anos pensando em ler a edição,  e quando consegui, me decepcionei um pouco.


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